Tron: Evolution - O Game

Quem joga sabe que os jogos inspirados em filmes normalmente são um fracasso e existem algumas razões para isso. A primeira é que esse tipo de jogo não pode ser adiado, ele tem que ser lançado junto com o filme para que os pais peguem o “jogo do filme” na prateleira e dar para o filho. Além disso, o roteiro do jogo normalmente segue o do filme e essa adaptação nem sempre dá bons resultados.

Levando em conta tudo isso, Tron: Evolution (para Xbox 360, Playstation 3, PC e PSP) até que se saiu razoavelmente bem. Embora a mecânica de jogo seja repetitiva, bons gráficos, câmera e controles eficientes garantem alguma diversão, ainda que sem muita profundidade.

Programação

Diferentemente da maioria dos games inspirados em filmes, Tron: Evolution não segue o roteiro do cinema. A trama acontece entre o filme original (de 1982) e Tron: o Legado, que estreou recentemente no Brasil. No game, Kevin Flynn, o heroi do primeiro filme, é uma espécie de líder da Grid, o mundo digital de Tron. O surgimento de novos tipos de programas, chamados ISOs, gera desconfiança entre os Basics, programas mais antigos. No meio dessa disputa, as coisas pioram com o surgimento de Abraxas, um vírus de computador que tenta dominar a Grid.

Você controla Anon (abreviação de anônimo), um programa criado por Flynn para investigar os tumultos na Grid e os atos criminosos de Abraxas. Como o nome indica, Anon não é o protagonista mais carismático da história dos games. Sempre de capacete, ele nunca fala. Apenas acompanha as decisões de Flynn, Gibson e outros personagens do jogo.

Não dá pra dizer que a história é o grande atrativo de Tron: Evolution. Mas o jogo compensa neste ponto com uma boa dose de ação. Anon evolui ao longo do jogo e ganha novos combos e tipos de disco (quatro, ao todo) para usar contra os inimigos. Alguns dos upgrades vêm de forma automática, e outros são definidos pelo usuário. Ao passar de nível, Anon ganha pontos de memória, que podem ser trocados por upgrades em estações espalhadas ao longo do jogo.

Em todo jogo de terceira pessoa umas das principais preocupações dos gamers é a câmera. Aqui, ela faz um bom trabalho e de modo geral fica na posição mais adequada, facilitando os combates. Em algumas das sequências de plataforma a câmera é fixa, mas durante os combates cabe ao jogador ajustá-la. Mas o ângulo padrão normalmente dá conta do recado.

Fonte: IG